Repositor de supermercado foi morto quando chegava em casa, na última quarta-feira, em São Gonçalo, após ter sido confundido com criminoso por vizinho, que é sargento da Marinha.
Rio – Familiares do repositor de supermercado Durval Teófilo Filho, 38, morto por militar da Marinha, estiveram, nesta segunda-feira, em reunião com deputados integrantes das comissões de Direitos Humanos e Cidadania e de Combate às Discriminações e Preconceitos da Alerj. Luziane Teófilo, mulher da vítima, Fabiana, a irmã, e Priscila, a prima, estiveram no encontro, que acontece dois dia após fim de inquérito alterar tipificação do crime homicídio culposo para doloso (quando há intenção de matar).
A viúva de Durval falou sobre a tentativa do sargento da Marinha Aurélio Alves Bezerra alegar legítima defesa no caso. “Não aceito dizer que foi legítima defesa. Meu marido leva dois tiros, tira a máscara, diz que é vizinho e recebe um terceiro tiro, na coxa. É revoltante. Ele nem prestou socorro, os vizinhos que pegaram o carro para levar ao hospital, ele foi só pra dizer que ajudou, e nem me pediu perdão”, lembrou.
Luziane também falou sobre o drama que a família vem passando após a perda do esposo: “Minha filha perdeu o pai e todo dia pergunta por ele. Digo que a mãe dela vai sair de casa para fazer justiça; o racismo está virando rotina”.
